O PSICÓTICO ......

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Ele - Pápi, o que é um psicótico?
Eu - É alguém com um distúrbio mental.
Ele - O que é isso?
Eu - Não te sei explicar bem, acho que é alguém que por algum motivo não controla as emoções e os comportamentos.
Ele - Hummm..
Eu - Porquê me perguntas isso?
Ele - Já tinha ouvido a palavra e acho que sou psicótico…
Eu - A sério…? Porquê dizes isso?
Ele - Só penso em Beyblades…!
Eu - Isso passa….
Ele - Não tenho grandes esperanças!
Eu - Hããããã…. ?!?!?!?

FALTA DE IMAGINAÇÃO ...?!?!?!?...

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Eu, a mãe e ele, no carro, a caminho de Guimarães.

Mãe – Falei com a mãe do X, disse-me que o X também vem de outra escola.
Eu – E porque mudou?
Mãe – A antiga professora disse-lhe que já tinha feito tudo para o X fazer boas composições mas não era possível. A professora diz que o miúdo não tem imaginação…
Eu – Hãããã… ?!?!?!
Mãe – Verdade….
ELE – (voz vinda lá de trás do carro) Isso não é verdade… !!!
Eu – Upsss, pensei que estavas a dormir Lucas…
ELE – Isso não é verdade, o X brinca muito. Para brincar é preciso muita imaginação.
Eu – Tens toda a razão, brincar é um exercício de imaginação.
ELE – Pois é! Quem não tem imaginação é a professora da escola antiga!

NU, DOMINGO ...

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O SEGREDO . . .

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O meu segredo de Natal

O meu Pai Natal é especial porque passa todo o ano comigo. Vou falar dele.
Ele dá-me carinho todos os dias, não tem barba toda branca e só tem um bocadinho de barriga.
O meu Pai Natal mora comigo no Porto, na minha casa.
Eu também tenho uma Mãe Natal muito bonita.
Eu sei que é estranho mas estes dois são meus pais.
Agora que vocês sabem o meu segredo de Natal, procurem em casa alguém especial que não vem só no Natal e que está com vocês todos os dias.
Bom Natal a todos.

autor: Lontro (Com os erros ortográficos corrigidos pelo “Pai Natal” …)

A ESCOLHA . . .

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Nova escola, novos desafios…

Ele - Pápi, tenho 3 alternativas, a Bruna, a Inês e a Maria…
Eu - 3 alternativas para quê Lucas?
Ele - Para gostar de uma colega da escola.
Eu - Como assim? De alguma delas deves gostar mais.
Ele - Pois há, mas eu não sei se ela gosta de mim…
Eu - Olha, quando corremos atrás de mais do que um coelho ao mesmo tempo temos muitas possibilidades de não apanhar nenhum… entendes o que quero dizer?
Ele - Acho que entendo… vou seguir o meu coração… eu já sabia que tu me ias dizer essas coisas…
Eu - Pois… Achas que podes escolher a menina que gostas mesmo muito?
Ele - Acho é que estou a complicar.
Eu - Talvez….


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"CARTASTRÓFICO " ......

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Após a “não vitória” 4 – 7 .

Ele – Pápi foi “cartastrófico”…
Eu – Como assim Lucas? Qual o problema, foi só um resultado menos bom.
Ele – Estamos eliminados, não posso jogar mais….
Eu – Claro que podes, e se calhar vais ganhar o próximo jogo.
Ele – Só dizes isso para me animar…
Eu – Olha, aprendeste o que podes fazer melhor?
Ele – Eu fiz bem…
Eu – Podes fazer melhor?
Ele – Posso!
Eu – ok, então estás no bom caminho.
Ele – Pápi, tu treinas para o teu trabalho comigo não treinas…?
Eu – Desde que nasceste que treino para a vida contigo!
Ele – Gosto muito de ti … … …
Eu – Snif snif …

SE FUNCIONA COM ELA . . .

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Ele - Pápi, a minha professora não grita.
Eu - E porque haveria de gritar?
Ele - Para mandar calar os alunos!
Eu - Mas se ela também está a gritar como é que os alunos entendem que se pode falar sem gritar?
Ele - Pois é, com esta professora há mais silêncio na aula…
Eu - E como é que achas que isso acontece?
Ele - Estás a dizer que se a professora gritar menos os alunos também gritam menos?
Eu - Não sei, o que acontece contigo?
Ele - Eu não gosto que me gritem mas quando estou zangado eu grito muito.
Eu - Pois… e…
Ele - Acho que vou falar mais baixo, se funciona com a professora vai funcionar comigo.
Eu - Acho bem Lucas.

Comportamento gera comportamento, imaginem que todos os educadores sabiam isto . . .

HEIA... VOU SER CLONADO . . . !!!!

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Ele – Papí, os Estados Unidos da América são um país?
Eu – Sim, vários estados juntaram-se e agora são um país.
Ele - Há muito tempo?
Eu – Desde 1780 acho eu…
Ele – Heeiiiii, o Obama é assim tão velho?
Eu – Não, antes dele houve muitos outros presidentes.
Ele – Pois…, eu sabia, li num livro que houve um que se chamava Lincoln e outro era o Gandhi.
Eu – Muito bem, o Lincoln foi um presidente muito famoso e já morreu há muitos anos. O Gandhi era Indiano e fundou o estado da Índia, também já morreu há alguns anos.
Ele – Eles não morreram, são miúdos e andam lá na minha escola.
Eu – Hãã ?!?!?!
Ele – Eu conheço-os e são muito bons nas aulas.
Eu – Explica lá isso melhor.
Ele – As pessoas que foram muito importantes e foram boas para as outras pessoas da terra foram todas clonadas.
Eu – E o que é isso, clonar?
Ele – É uma espécie de fotocópia de pessoas mas sem máquina de fotocópia, é feito com um microscópio.
Eu – Porque é que os clonaram?
Ele – Porque daqui a uns anos só vão existir pessoas boas e importantes na terra.
Eu – Olha que me parece uma excelente ideia.
Ele – Nessa altura tu já estás morto…
Eu – Que pena, deve ser bom viver com essas pessoas.
Ele – Tu nessa altura vais ser uma criança de uma escola, vais ser clonado porque és bom.
Eu – Gluc Gluc … snif snif ……

ENQUANTO PENSO EM OUTRAS COISAS . . .

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Há quase uma semana sem o meu puto… ontem ao telefone.
Eu – Então tás fixo Lontro?
Ele – Estou e tenho saudades tuas.
Eu – Eu também.
Ele – Mas já sei que se eu brincar não me lembro muito de ti.
Eu – Explica lá isso?
Ele – Olha, eu se pensar em ti tenho saudades, então vou correr e brincar com o avô e assim penso noutras coisas e fico bem.
Eu – Huumm…. De onde conheço eu esta estrutura….?

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NU, DOMINGO ...

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COMO SE PODE ESCOLHER ... ?

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Preocupações de um puto de 7 anos numa tarde de Verão …….

Ele – Pápi, só espero que tu e a mámi não se separem.
Eu – Está descansado Lucas, não há motivo para te preocupares.
Ele – Não…?
Eu – Não! O que te leva a pensar nisso?
Ele – Dois amigos meus não estão com os pais deles.
Eu – Tu vais continuar a estar, podes ficar descansado. Ok?
Ele – Sabes o que me preocupa?
Eu – O quê?
Ele – Eu não sabia escolher com quem ficava a viver …..
Eu – Lucas, dá cá uma beijoca …. …. ….

NU, DOMINGO ...

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NU, DOMINGO ...

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WORK . . .

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NÃO ENTENDO, AINDA . . .

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Hoje no carro a caminho de casa:
Ele – Pápi, não entendo como é que um rapaz pode gostar de outro rapaz.
Eu – Como assim Lucas?
Ele – Não entendo como dois rapazes se podem amar?
Eu – Olha, o amor é igual quer sejam homens, mulheres ou homens e mulheres.
Ele – Se forem meninas eu entendo…
Eu – E se forem rapazes, qual é a diferença?
Ele – As meninas são bonitas, até podem gostar uma da outra.
Eu – Lucas, isso é aos teus olhos, as meninas são mais bonitas. Aos olhos de alguns rapazes os outros rapazes é que são bonitos. O amor depende de outras coisas, certo?
Ele – Pápi, entendes que eu não entenda, não entendes?
Eu – Claro que entendo Lucas e tu também vais entender como isso funciona…
Ele – Está bem!

NU, DOMINGO ...

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ANOITECEU . . .

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Anoiteceu... Estou enroscada no teu corpo enquanto respiras sobre o meu ouvido. Lá fora posso ver as luzes da cidade e o eterno piscar verde e vermelho dos trilhos... Ao fundo desenha-se o imenso Saturno enquanto rolamos lentamente na sua órbita. A tua mão acaricia-me a barriga e encontra o meu peito, beijas-me atrás da orelha... aninho-me em ti. Procuras-me inspirando o meu pescoço e apertando-me, forte, contra ti. As minhas ancas encontram-te desenhando círculos na tua pele nua e tu estendes-te para mim... Queremos movimentar-nos à velocidade da sombra, refreamo-nos. A tua boca e a minha encontram-se no nada e as nossas línguas dançam ao sabor do desejo. Ficamos assim, perdidos no paladar do nosso amor, encontrados nos aromas quentes da nossa paixão, fundindo-nos derretidos no desejo que nos provoca. Tocas-me a pele nua e percorres as paisagens que sabes de cor até aportares no cais húmido e quente que te recebe e te molha... A minha língua percorre agora a tua orelha, enquanto respiro pesado, indiferente aos meus sons, fixa nos teus. A minha boca desce o teu pescoço, a língua percorre o teu peito e encontro-me com o teu desejo que engulo e exploro à medida que te entregas aos prazeres do porto ao qual chegaste, agora, com a língua... A velocidade da sombra há muito que foi ultrapassada, procurando-nos, impacientes, inconformados de não conseguirmos verdadeiramente fundir-nos, unir-nos... Unimo-nos então no nosso querer, abraço-te, dentro e fora, deslizas-me em ti em velocidade de cruzeiro e deixo-me ir ... levando ondas ao teu navio, fazendo-o baloiçar... Mas continuas a navegar, procurando mais ondas para te embalarem na tua viagem... E enquanto me apertas pela cintura contra ti e te entregas ao momento em que o navio é uma nave e passa para lá de Andrómeda, abraço-te olhando-me lá fora nos anéis de Saturno... como eu sou agora o teu anel que em movimentos quânticos te aperta enquanto te esgotas em mim...

Texto de Ana Castella

NU, DOMINGO ...

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ESCRITOS, À FLOR DA PELE . . .

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COFFEE TIME . . .

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NU, DOMINGO ...

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