segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

LEI DA ENERGIA MINIMA ...

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Ele - Pápi, qual a origem da palavra multiplicar?
Eu - O que queres dizer com origem, Lucas?
Ele - A origem, porque é que se chama assim?
Eu - Olha, por acaso não sei bem e quando chegarmos a casa, vamos ver e aprendemos, pode ser?
Ele - Não! Deixa lá… agora não me faz muita falta saber isso…
Eu - Claro que faz falta, é importante conhecermos as palavras que utilizamos.
Ele - Deixa lá pápi, não vou ocupar o meu cérebro com coisas que não me fazem falta … !
Eu - Hãããã….. ?!?!?!
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domingo, 27 de fevereiro de 2011

NU, DOMINGO ...

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MOMENTOS DELAS...

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fotos : paulo lontro, kiselev, jojan, rigon

O meu corpo marcado de ti
repousa dobrado
no linho branco
dos espasmos com sabor a quente
com sentir molhado.

E nos meus olhos brilha um desejo
apaziguado
mas não saciado.

No meu corpo marcado de ti
há sinais visíveis
do amor
que fizeste em mim!

(Gabriela Moura, 1950, Portugal
in "Escritas" - Poetas Eróticos)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

NU, DOMINGO ...

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MENINOS DA GUERRA . . .

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QUE MAIS FALTA?
SERÁ NECESSÁRIO FAZER UM DESENHO?

Meninos da guerra
Quem vos foi acordar?
Não foi a mãe terra
Nem por certo o mar!

Meninos da guerra
Tão velhos que já o são
Quem vos deu armas
Que levais na mão?

Meninos da guerra
Que jazem no chão
Quem vos roubou a vida
Não foi a terra! Não!
Pois a mãe terra
Vos prometeu pão…


Rogério Martins Simões

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

MAIS UM DIA QUE ACABA . . .

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Mais um dia que acaba
e a cidade parece dormir,
da janela vejo a luz que bate no chão
e penso em te possuir.

Noite após noite, há já muito tempo,
saio sem saber para onde vou,
chamo por ti, na sombra das ruas,
mas só a lua sabe quem eu sou.

Lua, lua,
eu quero ver o teu brilhar,
lua, lua, lua,
Eu quero ver o teu sorrir.

Leva-me contigo,
mostra-me onde estas,
O que o pior castigo
O viver assim, sem luz nem paz,
sozinho com o peso do caminho
que se fez para trás...
Lua, eu quero ver o teu brilhar,
no luar, no luar.

Homens de chapéu e cigarros compridos
vagueiam pelas ruas com olhares cheios de nada,
mulheres meio despidas encostadas à parede
fazem-me sinais que finjo não entender.

Loucas são as noites, que passo sem dormir,
loucas são as noites.
Os bares estão fechados já não há onde beber,
este silêncio escuro não me deixa adormecer.
Loucas são as noites.

Não há saudade sem regresso, não há noites sem
madrugada,
Ouço ao longe as guitarras, nas quais vou partir,
na névoa construo a minha estrada.

Loucas são as noites, que passo sem dormir,
loucas são as noites...


pedro abrunhosa

domingo, 13 de fevereiro de 2011

NU, DOMINGO ...

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

MENINOS DO PAQUISTÃO . . .

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Meninos do Paquistão, aos olhos da Associated Press pelo fotógrafo Muhammed Muheisen.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

COMO SE TIVESSE FECHADO OS MEUS PRÓPRIOS OLHOS . . .

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Tocou-me primeiro nos dedos, depois no braço, de seguida no peito, tirou-me a roupa toda, pôs-se em cima de mim, entrou no meu corpo suavemente, foi-se mexendo, mexendo-me por dentro, senti o rasgar da minha carne e um líquido espesso e quente escorrer-me por entre as pernas quando ouvi iniciar um grito de prazer no momento em que se derretia todo no meu corpo, passei as minhas mãos pelas costas dele tacteando em busca do intervalo entre as duas primeiras costelas, com uma mão retirei devagarinho dos meus cabelos o longo alfinete de ouro que a minha avó me oferecera no dia do meu casamento, espetei-lhe suavemente nas costas com receio de o magoar, ouvi-lhe soltar um outro grito ainda maior, provavelmente de dor, depois abraçou-me com toda a força que tinha, senti na minha mão o mesmo líquido quente que saíra do meu corpo e inundara o lençol, deixei de sentir o seu aperto e o coração batia ainda mas levemente. Tive uma vontade enorme de o ver ainda em vida. Com um gesto brusco retirei o pano preto dos meus olhos. Não consegui ver nada. Foram muitos anos de sombra. Pouco a pouco comecei a ver luzes do candelabro, levantei bem as velas, finalmente consegui ver os contornos do rosto dele, cada vez mais nítidos, ainda tinha os olhos completamente abertos como se estivesse à minha espera para os fechar. Padre Santa tinha dito que eu já tinha visto tudo. Não era verdade. Faltava-me ver os olhos dele. Depois disso não vi mais nada. Como se tivesse fechado os meus próprios olhos.

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Luís Cardoso
in: Olhos de coruja olhos de gato bravo

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

VEJO-TE . . .

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vejo-te
doce e bela
pura
inebriante
sábia mulher singela
mulher cultura
mulher amante
vejo-te
incandescente
linda vistosa
sedutora
mulher semente
mulher poderosa
mulher criadora
vejo-te
luz rutilante
casta ternura
origem e fim
mulher vibrante
mulher que o tempo apura
mulher aroma de jasmim
vejo-te
andar segura
resplandecência majestosa
mãe amante
mulher vitima da usura
mulher sonho maravilhosa
mulher instante
vejo-te
e fico apaixonado
de ser na tua alma reflexo
um êxtase na magia
mulher de culto sublimado
mulher fêmea sexo
mulher maior do ser apologia



autor: JRG