Há 1 semana
quinta-feira, 8 de abril de 2010
É SEMPRE A MESMA AUSÊNCIA
É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
Carlos Drummond de Andrade
-- Clica na foto para a aumentar - Publicada por
Paulo Lontro
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8.4.10
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SONS TEXTO
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9 comentários:
Paulo
Por acaso para essas imagens ocorre-me outro texto.
Outro conselho de leitura "A Amendoa", não me lembro o nome do autor.
Depois Mando.
Beijos
Adorei as imagens....
boas imagens que aí tens :)
boas festas!!
É sempre tudo e quase nada...
Abraço
Adorei as imagens, e o poema... A ausência... coisa desgraçada.
Beijocas
Bom Natal para ti para o Lucas e para o esto da familia.
>MR.,
vizinho, eu também, olho e volto a olhas e definitivamente gosto...
>Marko,
bem vindo ao Lontrices, aparece.
Boas Festas, vou dar uma saltada aos teus morangos
>Ricardo,
hhuu... filosófica a tua observação, eu talvez seja um pouco mais pragmático, a coisa é simples... :)
>Lize,
pois é, desgraçada... :(
>Conde,
meu caro homem do mar, obrigado e boas festas para ti.
>Ana, ia esquecer de ti linda...
já tenho os dados desse livro, vou ver se encontro.
Fabulosas fotos e poema...
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