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sábado, 6 de junho de 2009
MANOEL OLIVEIRA
Antes de ontem vi a entrevista de Manoel de Oliveira na RTP.
Já caminhando para o fim da entrevista é-lhe perguntado como gostaria de ser lembrado.
Manoel de Oliveira divaga um pouco sobre a nostalgia, não sobre a saudade, sobre a nostalgia, dá a volta à questão e magistralmente afirma com tristeza que o que mais lhe custa neste momento é estar sozinho, os que com ele viveram uma longa vida já estão todos mortos, só entre irmãos e primos fazem mais de 85 pessoas, já não tem nenhum amigo vivo.
Com aquele sorriso simples e humilde acaba por responder que gostaria de ser lembrado com nostalgia.
Esta afirmação é de uma humildade notável, ele refere a nostalgia ou seja a tristeza de não ter mas aceitar, e não a saudade, que resulta da privação, o sofrimento contínuo de não ter.
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2 comentários:
Olá.
Vi que era ele o entrevistado, nas 5ª Feira, mas não vi a entrevista.
Mas gostei do que aqui escreveste.
Nostalgia.
Talvez a nostalgia tenha a ver com humildade.
Fizeste-me ficar algo nostálgica.
Beijinho.
Muito triste isto...
É como Coimbra... não tem o encanto que tinha há 10 anos, porque não estão lá as pessoas que a partilharam comigo...
Assim está o Manoel... sem as pessoas que com ele partilharam uma vida...
Beijinhos
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