quarta-feira, 29 de julho de 2009

OS ALBINOS NA TANZÂNIA


A Tanzanian Red Cross Society (TRCS) volunteer holds the hand of an albino toddler at a picnic organised by the TRCS at the government-run school for the disabled in Kabanga, in the west of the country near the town of Kigoma on Lake Tanganyika June 5, 2009

A teenage Tanzanian albino girl sits in the female dormitory at a government-run school for the disabled in Kabanga, in the west of the country near the town of Kigoma on Lake Tanganyika June 5, 2009. The school began to take in albino children late last year after albinos were being killed in Tanzania and neighbouring Burundi by people who allegedly sell their body parts for use in witchcraft.

An albino child poses at a picnic organised by the Tanzania Red Cross Society (TRCS) at the government-run school for the disabled in Kabanga, near Kigoma, Tanzania on June 5, 2009.

Albino children take a break on January 25, 2009 in a recreational hall at the Mitindo Primary School for the blind, which has become a rare sanctuary for albino children.

Neema Kajanja, 28, molds a pot from clay at her grandmother's home in Ukerewe, Tanzania on January 27, 2009, where she and two siblings, both albinos, curently live. Ukerewe, an island on Lake Victoria near the town of Mwanza, is a safe haven compared to other parts of Tanzania where people with albinism now live in fear for their lives as their body parts limbs, internal organs and even hair grow increasingly sought after to be sold for luck potions.

Albino children play at the Mitindo Primary School for the blind on January 25, 2009. The school has become a rare sanctuary for vulnerable albino children in Tanzania.

This picture taken on May 28, 2009 shows human body parts including a femur and what appears to be stack of skin tissue (edit: object appears more likely to be an elephant's tooth) exhibited in a courtroom during a trial of 11 Burundians accused of the murder of albinos, whose limbs have been sold to witch doctors in neighbouring Tanzania, in Ruyigi. A Burundi prosecutor, Nicodeme Gahimbare, demanded sentences ranging from one year to life in prison at a trial. Gahimbare requested life sentences for three of the 11 accused, eight of whom were in the dock over the killing of a eight-year-old girl and a man in March this year.

Desde há muitos anos, os albinos da África sub-saariana enfrentam discriminação, a situação tornou-se muito mais dramática e perigosa nos últimos anos na Tanzânia.

Os albinos na Tanzânia são procurados por aqueles que irão matá-los para com os seus órgãos, membros e até mesmo os cabelos fazerem “poções da sorte”.

Os mais velhos tânzaneses acreditam que estas poções, ossos ou cabelos de albinos trazem boa sorte e riqueza aos negócios e actividades do dia-a-dia.

Por exemplo, os pescadores tecem cabelos albinos nas suas redes esperando uma grande pesca no Lago Victoria.

Mais de 50 albinos foram mortos na Tanzânia e Burundi no ano passado o que levou à criação de uma rede de serviços de protecção de albinos e a algumas detenções e julgamentos por homicídio pelo governo da Tanzânia.

TONY KARUMBA e NDIKUMANA da agência AFP, ALEX WYNTER da REUTERS fizeram um excelente trabalho fotográfico no sentido de denunciar esta situação ao mundo.

Aqui vai também a minha pequeníssima denúncia, como sempre aqui digo, fazer pouco pode ser muito mais do que nada…

11 comentários:

Maria disse...

Não fazia ideia dessa atrocidade...e eu ainda achava que a tourada é selvajaria :(( isto nem sei que nome terá.

Paulo Lontro disse...

WAI,

Não foi por acaso que eu coloquei este depois do outro...

Vício disse...

a estupidez não tem mesmo limites...

Noiva Judia disse...

Impressionou-me imenso ver estas fotos no World Press Photo e saber que certas tradições ainda são responsáveis por estas barbáries...

humming disse...

Nunca pensei.

Sabia que se matava por se achar que aqueles traziam mal ao mundo; que se sacrificavam pessoas, para que o seu povo não fosse amaldiçoado pelos deuses; que por inveja, raiva, perversão e demência se perdem vidas. Tudo isto é mau, é atroz e revoltante. Mas nunca na vida pude imaginar que se pudesse olhar para uma pessoa como se olha para uma ferradura de cavalo, para uma pata de coelho e matar por isso... Não consigo conceber uma coisa destas. Podiam pelo menos esperar pela morte natural das pessoas. Eu sei lá.

E isto passa-se no nosso mundo.

Estou parva.

cantinhodacasa disse...

Barbárie autêntica.
As fotos metem dó.
Vou copiar alugma e pôr no meu blog
Beijinho

leitanita disse...

Ganda Lontro! Há tantas atrocidades neste mundo que não paramos de nos surpreender!

Missanguita disse...

Nem nunca me passou tal pela cabeça!
Estou enjoada!

Paulo Lontro disse...

Vicio,
é a velha questão, estupidez, tradições crendices...?

Noiva,
eu sou um apaixonado por reportagens fotográficas e também eu já vi várias edições da WPP.
A percorrermos essa exposição há imagens que são autênticos murros no estômago.

hummimg,
no nosso mundo passam-se coisas inimagináveis, temos que denunciar com os meios que temos à mão, estas barbaridades.

cantinho,
já vi lá no teu canto, está à vontade.

leitanita,
pois não paramos, infelizmente este mundo está longe da razoabilidade e do saber necessário a fazermos os outros felizes. Havemos de ser melhores, um dia...

missang,
custa minha linda, e por isso aqui está, no Lontrices...

Ianita disse...

Lá está... a tradição deveria evoluir com os tempos... nesses países os tempos não evoluíram assim tanto e por isso se mantêm estas tradições...

Isto mete-me asco. Mas... se as leis do país em questão não o condenam, que poderemos fazer?

Lollipop disse...

É arrepiante mas é verdade, no kénia há rituais que pararam no tempo são atrocidades a pessoas e animais que ainda hoje se realizam e pior que isso há pessoas que se deslocam para assistir ...

Bjs Lontro muito bem divulgares estes enormes crimes contra a pessoa humana.

Cristiana