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Por costumbre
se acuesta en la cama
a esperar a su marido
que llega siempre tarde
da las buenas noches
bosteza
Ella se va ai baño
aplaca la furia
con su mano maestra
recostada en la toalla
cuando él entra y pregunta:
"Quê haces aqui?"
"Nada", responde.
Yolanda Pantín, 1954, Venezuela
É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
Carlos Drummond de Andrade
Há 1 semana
2 comentários:
Lindo post, de uma compreensão do feminino impressionante. Gostei muito dos poemas.
Sabe, é muito bom tocar-se... infelizmente muitas mulheres não descobriram esse prazer. Isto é sinal de que sabem pouco sobre o próprio corpo... e que talvez não estejam sentindo o prazer que poderiam.
É isso mesmo Carolina!
:)
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