"O que é que cada um de nós tem ou é atrás daquele emaranhado de pessoas a que chamamos sociedade, será que todos nós queremos viver dentro dela? Como se pode viver um pouco à margem sem ser marginalizado?”
É incrível vir diariamente a este blog. A forma como associas as fotos a 2 ou 3 palavras é perfeita. As fotografias que colocas valem 1000 palavras. Parabéns. j. pereira
"O que é que cada um de nós tem ou é atrás daquele emaranhado de pessoas a que chamamos sociedade, será que todos nós queremos viver dentro dela?"
Não sei, mas aquele emaranhado de pessoas, por exemplo nas situações religiosas, se o intento é meditar, não acho necessário a afirmação de uma identidade para o exterior.
Já no caso do concerto, e das tropas militares , é uma escolha, um compromisso, para mim não é fácil destinguir o sentimento de um musico a tocar uma peça, mas também não é impossivel. E o soldado tem as medalhas de mérito.
Apenas escolhas & compromissos.
"Como se pode viver um pouco à margem sem ser marginalizado?"
Penso que a "margem" já está marginalizada, por isso essa questão já não tem fundamento.
A minha ideia ao lançar este tema era bastante generalista, os exemplos fotográficos não eram para identificar esta ou aquela profissão.
O que tenho reparado é que as pessoas queixam-se demais e fazem pouco para alterar o rumo das situações. Entendo a dificuldade de tantas pessoas em levar à letra a parte do “não estás bem, muda”, entendo que o risco e o desgaste psicológico inerente dificulte muitas vezes a decisão mas a vida está constantemente a pedir-nos escolhas e algumas delas vão contra o pensamento da maioria e das normas e das éticas ou da moral. São tantas as vezes que temos que ficar sozinhos e singulares nas nossas escolhas.
É que não há muitas alternativas, talvez só existam 3. 1ª Aceitar a situação tal como está 2ª Mudar a situação e coloca-la a um nível aceitável 3ª Desistir e saltar fora
A opção escolhida pode mudar com as circunstancias e com o tempo mas num determinado momento uma destas 3 opções deve ser tomada e depois de ser tomada tem que ser aceite e vivida com serenidade.
As fotos são a alegoria para a ideia de que podemos ser diferentes porque somos donos de nós mesmos, do nosso destino e responsáveis pelas consequências das nossas escolhas.
È uma utopia pensar que somos donos do nosso destino.A pressão da sociedade é tão grande que será dificil viver á sua margem.Essa opção será só para alguns e não sei quanto tempo resistirão á pressão.Conheço um tipo que mais a familia vivem numa tenda india(Tipi) aqui bem perto,a ele já toda a gente se acostumou ás extravagancias e éla é a gaja maluca que se juntou com ele. Não basta dizer que somos uns gajos muita malucos e que fazemos umas escolhas diferentes quando as nossas escolhas apenas roçam no limite daquilo que a sociedade impõe e já é dizer muito.Aqueles que, poucos e raros,realmente conseguem saltar fora do que está estabelecido, nem se preocupam com o que está estabelecido,não fazem parte deste mundo,eu,nunca conheci ninguem assim,mas gostava.
Concordo, a pressão da sociedade existe, mas há quem se deixe afectar muito e há quem se deixe afectar pouco. Não é importante saber se esse afastamento é total ou parcial, deverá ser o suficiente para a pessoa se sentir realizada e serena consigo mesma. Conde, dizes que é difícil, pois que seja, o que é que não é difícil? Quanto aos malucos ou à loucura…. define tu esses conceitos, marca tu as fronteiras da loucura ou do “normal”, eu não o sei fazer.
Julgo que não será possível viver à margem sem se ser marginalizado, a menos que se viva nalgum tipo de isolamento.
Nós, humanos, temos a mania de normalizar. Quer queiramos quer não, as formas geométricas simples e harmoniosas são as que mais conforto nos dão. E qualquer anomalia a essa norma corrompe o estado de conforto.
Ou simplesmente nos obriga a pensar, a reagir, ou a alterar a rotina... ...e que chato, isso! :S
Para mim, gosto da diferença, do ser único, mas sem extremos. Nos outros, aceito os extremos como algo que lhes seja natural. E aprecio! Em sociedade, aprecio e estimo a variedade, a aparente dessincronia. E no meio de todas as diferenças e individualidades, gera-se uma nova normalidade, uma nova homogeneidade, e voltamos ao inicio do ciclo da procura e aceitação da diferença.
Não sei se me expliquei bem, mas é como a imprevisíbilidade: de tão imprevisível que é, torna-se previsível.
Eu acho que todos somos unicos, porque não há 2 pessoas iguais. Mas aprendemos a viver em sociedade, aprendemos a cumprir regras, quando ñão o fazemos somos marginalizados, a maior parte das vezes, com alguma razão - os ladõres porque roubaram, os assassinos porque mataram, esses. Já se por outro lado te distinguires na singularidade pelo genio, normalmente acontece a marginalização, a maior parte das vezes o genio é aceite post mortem, o que acontece com muitos artistas, embora na minha opinião isso aconteça cada vez menos, e estejamos a viver uma época de excessos - hoje as crianças, os jovens começam a apreciar o excêntrico, o "anormal", e isso tem inavariavelmente como consequência a alteração dos valores, o que hoje é "estranho" amanhã vai ser bastante "normal".
Às vezes não há grande vontade de viver nesta sociedade, está demasiadamente poluída. Já se vive à margem, quando se tem princípio, se se é marginalizado ou não... Tem dias.
O Lontrices é um espaço pensado não apenas para mim, sendo ele aberto, gosto de passar uma mensagem, gosto de ter visitas, gosto que comentem, gosto de conhecer pessoas, almas, tenho a esperança de ser visitado por pessoas com mente aberta, capazes de um olhar atento, de valorizarem o que é diferente, de sentirem ternura pelo que é espontâneo, pessoas que tenham sonhos, que acreditem nos seus valores e que saibam qual é o seu Propósito de Vida.
Aquelas que sabem, como escreveu F. Pessoa, que
"por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir".
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paulolontro@gmail.com
22 comentários:
Sendo nós próprios...
É incrível vir diariamente a este blog.
A forma como associas as fotos a 2 ou 3 palavras é perfeita.
As fotografias que colocas valem 1000 palavras.
Parabéns.
j. pereira
ADOREI as fotos! Mesmo.
Mostram a singularidade do ser humano. Um no meio da multidão... mais um, mas único.
Beijo grande!
qualquer pessoa é um ser singular apesar de muitos o recusarem ao imitar outro alguém!
As fotos são excelentes .
"O que é que cada um de nós tem ou é atrás daquele emaranhado de pessoas a que chamamos sociedade, será que todos nós queremos viver dentro dela?"
Não sei, mas aquele emaranhado de pessoas, por exemplo nas situações religiosas, se o intento é meditar, não acho necessário a afirmação de uma identidade para o exterior.
Já no caso do concerto, e das tropas militares , é uma escolha, um compromisso, para mim não é fácil destinguir o sentimento de um musico a tocar uma peça, mas também não é impossivel. E o soldado tem as medalhas de mérito.
Apenas escolhas & compromissos.
"Como se pode viver um pouco à margem sem ser marginalizado?"
Penso que a "margem" já está marginalizada, por isso essa questão já não tem fundamento.
Obrigada pela partilha PAULO LONTRO
:)
Simplesmente fantástico, mais uma vez! Obrigado.
Viva a DIFERENÇA!
As fotos estão excelentes, mas o título está perfeito.
Um beijo!
A minha ideia ao lançar este tema era bastante generalista, os exemplos fotográficos não eram para identificar esta ou aquela profissão.
O que tenho reparado é que as pessoas queixam-se demais e fazem pouco para alterar o rumo das situações. Entendo a dificuldade de tantas pessoas em levar à letra a parte do “não estás bem, muda”, entendo que o risco e o desgaste psicológico inerente dificulte muitas vezes a decisão mas a vida está constantemente a pedir-nos escolhas e algumas delas vão contra o pensamento da maioria e das normas e das éticas ou da moral. São tantas as vezes que temos que ficar sozinhos e singulares nas nossas escolhas.
É que não há muitas alternativas, talvez só existam 3.
1ª Aceitar a situação tal como está
2ª Mudar a situação e coloca-la a um nível aceitável
3ª Desistir e saltar fora
A opção escolhida pode mudar com as circunstancias e com o tempo mas num determinado momento uma destas 3 opções deve ser tomada e depois de ser tomada tem que ser aceite e vivida com serenidade.
As fotos são a alegoria para a ideia de que podemos ser diferentes porque somos donos de nós mesmos, do nosso destino e responsáveis pelas consequências das nossas escolhas.
È uma utopia pensar que somos donos do nosso destino.A pressão da sociedade é tão grande que será dificil viver á sua margem.Essa opção será só para alguns e não sei quanto tempo resistirão á pressão.Conheço um tipo que mais a familia vivem numa tenda india(Tipi) aqui bem perto,a ele já toda a gente se acostumou ás extravagancias e éla é a gaja maluca que se juntou com ele. Não basta dizer que somos uns gajos muita malucos e que fazemos umas escolhas diferentes quando as nossas escolhas apenas roçam no limite daquilo que a sociedade impõe e já é dizer muito.Aqueles que, poucos e raros,realmente conseguem saltar fora do que está estabelecido, nem se preocupam com o que está estabelecido,não fazem parte deste mundo,eu,nunca conheci ninguem assim,mas gostava.
Paulo
No fundo somos todos marginais, uns mais que outros...
beijos
Não há mal nenhum em destacarmos-nos da multidão...
Concordo, a pressão da sociedade existe, mas há quem se deixe afectar muito e há quem se deixe afectar pouco.
Não é importante saber se esse afastamento é total ou parcial, deverá ser o suficiente para a pessoa se sentir realizada e serena consigo mesma.
Conde, dizes que é difícil, pois que seja, o que é que não é difícil?
Quanto aos malucos ou à loucura…. define tu esses conceitos, marca tu as fronteiras da loucura ou do “normal”, eu não o sei fazer.
Adorei...
Mostra a universalidade existente em cada indivíduo. Amei, mesmo!
Boa semana!
Julgo que não será possível viver à margem sem se ser marginalizado, a menos que se viva nalgum tipo de isolamento.
Nós, humanos, temos a mania de normalizar. Quer queiramos quer não, as formas geométricas simples e harmoniosas são as que mais conforto nos dão. E qualquer anomalia a essa norma corrompe o estado de conforto.
Ou simplesmente nos obriga a pensar, a reagir, ou a alterar a rotina...
...e que chato, isso!
:S
Para mim, gosto da diferença, do ser único, mas sem extremos. Nos outros, aceito os extremos como algo que lhes seja natural. E aprecio!
Em sociedade, aprecio e estimo a variedade, a aparente dessincronia.
E no meio de todas as diferenças e individualidades, gera-se uma nova normalidade, uma nova homogeneidade, e voltamos ao inicio do ciclo da procura e aceitação da diferença.
Não sei se me expliquei bem, mas é como a imprevisíbilidade: de tão imprevisível que é, torna-se previsível.
Belas imagens..
parecidos ou diferentes, cada um é único...
e as diferenças vêm-se consoante o acto de cada um
beijo
Adorei. Fiquei fã deste post... e do blogue.
Vou voltar, sem dúvida...
Stay Well
Mais uma associação imagem/palavras sublime.
Beijos e bom dia do pai com o teu lontrinho :)
Eu acho que todos somos unicos, porque não há 2 pessoas iguais. Mas aprendemos a viver em sociedade, aprendemos a cumprir regras, quando ñão o fazemos somos marginalizados, a maior parte das vezes, com alguma razão - os ladõres porque roubaram, os assassinos porque mataram, esses.
Já se por outro lado te distinguires na singularidade pelo genio, normalmente acontece a marginalização, a maior parte das vezes o genio é aceite post mortem, o que acontece com muitos artistas, embora na minha opinião isso aconteça cada vez menos, e estejamos a viver uma época de excessos - hoje as crianças, os jovens começam a apreciar o excêntrico, o "anormal", e isso tem inavariavelmente como consequência a alteração dos valores, o que hoje é "estranho" amanhã vai ser bastante "normal".
Tenho uma única palavra para estas imjavascript:void(0);agens que escolheste: brilhantes!
:D
"Como se pode viver um pouco à margem sem ser marginalizado?"
Boa pergunta.
Amei as fotos!
Às vezes não há grande vontade de viver nesta sociedade, está demasiadamente poluída. Já se vive à margem, quando se tem princípio, se se é marginalizado ou não... Tem dias.
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