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quinta-feira, 10 de março de 2011

FAZENDO ESTRADA . . .

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Dei por mim a pensar na geração dos 40/50 anos, desempregados, com empregos precários, com filhos e responsabilidades bancárias.
Dei por mim a pensar nos mais velhos, os que têm os filhos em dificuldade e vivem das pensões muito baixas do estado.
Dei por mim a pensar nos filhos adolescentes, cujos pais estão sem trabalho ou com ordenados inseguros e inconstantes.
Dei por mim a pensar na geração dos 20/30 anos, pós formados, licenciados ou não, que não vêem oportunidades de emprego ou de arrancar para uma vida “normal”.
Dei por mim a pensar no que aconteceria se todas estas gerações se considerassem gerações “ à rasca ”.
Dei por mim a pensar que todas estas gerações poderiam fazer uma manifestação, contra não sei bem o quê, e contra não sei bem quem, pois até os políticos se considerariam “à rasca” porque não fazem ideia como tirar as gerações “à rasca” da enrascada.
Dei por mim a pensar se, nessa manifestação, onde o importante é dizer mal de alguma coisa, eu, que também estou “à rasca”, ficaria a chorar ou a vender lenços … ou ainda, se não seria um excelente momento para procurar melhorar o meu presente, o meu futuro e aproveitar o facto de todos os outros, “à rasca”, estarem naquele momento ocupados com coisas muito importantes …

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O TONÍ DA MINHA RUA . . .

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Um destes dias, um blog de visita diária fez-me recordar a minha infância, especialmente algumas das brincadeiras de rua e alguns amigos daquele tempo, anos 70 em Ermesinde, onde eu morava.
Naquele tempo havia um conceito que hoje em dia não existe, “a minha rua”, a rua era uma propriedade, a rua era nossa, dos que lá moravam.

Jogávamos futebol de rua com outras ruas, fazíamos corridas de bicicleta com outras ruas, era a minha rua com a outra rua (curioso como hoje até no desporto se diz o meu clube contra o outro, eu prefiro continuar a utilizar a palavra “com”).
Éramos mais de 15 putos numa rua de 100 metros, daquelas com casinhas pequenas e todas iguais construídas nos fins dos anos 60.

Tínhamos também, nessa altura, o momento de “ir brincar”, ir brincar significava ir para a rua jogar à bola ou às escondidas ou fazer corridas de “sameiras” (cápsulas de garrafa de cerveja) que serviam bem de carros de corrida de formula 1 e que deslizavam em pistas feitas na terra dos passeios.

Neste blog que referi, a brincadeira citada era uma que também eu brincava, diga-se de passagem com muito prazer, o nosso grupo, o da minha rua com miúdos entre os 6 e os 9, tocava a uma campainha de uma das vivendas, naqueles tempos faziam trrriin trrriin e não havia videoporteiros. Depois do toque, fugíamos e escondíamo-nos de forma a vermos o dono da casa abrir a porta e não ver ninguém. Repetíamos esta asneirada até o dono da casa deixar de abrir a porta e depois de muita gargalhada. Aquela brincadeira era muito comum naquele tempo e divertidíssima.

Lembro-me especialmente de duas coisas, a primeira era que adorava “jogar” ao anoitecer, naquele tempo podíamos brincar na rua, não passavam carros e não havia medos. A segunda coisa que me lembro é mais mórbida, um dos nossos amigos era o Toní, o “Xicla Manca”, rapaz da minha idade que tinha tido poliomielite e tinha a perna “manca” e com aquele aparelho de ferro que existia dantes para manter a perna na vertical. Jogávamos o jogo das campainhas com ele por perto, o rapaz era a vítima, era sempre apanhado pelo dono da casa pois não conseguia correr… nós, já escondidos, ficávamos às gargalhadas a vê-lo a justificar ao dono da casa que não tinha sido ele.

O Toní era um miúdo fantástico e ainda hoje é um amigo, ele nunca se chibou, nunca contou quem tocava à campainha, naquele tempo a amizade tinha um valor que talvez já não tenha hoje.
O Toní provavelmente não lê blogues e é um grande homem.

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segunda-feira, 26 de abril de 2010

OK . . .


sábado, 10 de abril de 2010

É BOM SINAL . . .

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Ando fugido deste mundo bloguistico, não tenho respondido nem vos tenho visitado.
Ok, acreditem ou não, é por muito bom motivo.
Estou fazendo estrada …..

domingo, 4 de abril de 2010

SIMPLES MEXERICOS . . .

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Segundo o cardeal SODANO o que se diz sobre os escândalos pedófilos na igreja são "MEXERICOS" !

Pois..., depois não entendem porque o clube tem menos sócios…
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sexta-feira, 2 de abril de 2010

A DECISÃO

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Uma senhora de 92 anos, delicada, bem vestida, com o cabelo bem penteado e um semblante calmo, mudou-se para uma casa de repouso.
O seu marido havia falecido recentemente e a mudança era necessária, pois ela era deficiente visual e não havia quem pudesse ampará-la em casa.
Uma neta dedicada acompanhou-a ao novo lar.
Após algum tempo aguardando pacientemente na sala de espera, a enfermeira veio avisá-las que o quarto estava pronto.
Enquanto caminhavam, lentamente, até o elevador, a neta, que já tinha visitado os aposentos, fez-lhe uma descrição visual de seu pequeno quarto, incluindo as flores na cortina da janela.
A senhora sorriu docemente e disse com entusiasmo: Eu adorei!
Mas a avó nem esteve ainda no quarto... Observou a neta.
Ela não a deixou continuar e acrescentou:
A felicidade é algo que podes decidir antes da hora. Se eu vou gostar do meu quarto ou não, não depende de como os móveis estão arranjados, e sim de como eu os arranjo na minha mente.
E eu já me decidi gostar dele...
E continuou: é uma decisão que tomo a cada manhã quando acordo. Eu tenho uma escolha, posso passar o dia na cama remoendo as dificuldades que tenho com as partes de meu corpo que não funcionam há muito tempo, ou posso sair da cama e ser grata por mais esse dia.
Cada dia é um presente, e os meus olhos abrem-se para o novo dia com as memórias felizes que armazenei...
A velhice é como uma conta no banco, minha filha... De onde só retiras o que foi colocado antes.
Começa, sem demora, a depositar felicidade na conta do banco das tuas lembranças, para poderem ser resgatadas sempre que quiseres.

quinta-feira, 25 de março de 2010

UM POST SEM CERTEZAS . . . ! (re-edit)

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Dr. Mário Cordeiro, pediatra, disse que muitas birras e até problemas mais graves poderiam ser evitados se os pais conseguissem largar tudo quando chegam a casa para se dedicarem inteiramente aos seus filhos durante dez minutos.

Ao fim do dia os filhos têm tantas saudades dos pais e têm uma expectativa tão grande em relação ao momento do encontro em casa que, se o pai ou/e a mãe tivessem consciência disto bastava chegar, largar a pasta e o telemóvel e ficar exclusivamente disponível para eles, para os saciar. Passados dez minutos eles próprios deixam os pais naturalmente e voltam para as suas brincadeiras. Estes dez minutos de atenção exclusiva servem para os tranquilizar, para eles sentirem que os pais também morrem de saudades deles e que são uma prioridade absoluta na sua vida. Claro que os dez minutos podem ser estendidos ou até encurtados conforme as circunstâncias do momento ou de cada dia. A ideia é que haja um tempo suficiente e de grande qualidade para estar com os filhos e dedicar-lhes toda a atenção.

Todos os pais sabem por experiência própria que o cansaço do fim de dia, os nervos e stress acumulados e ainda a falta de atenção ou disponibilidade para estar com os filhos, dão origem a uma espiral negativa de sentimentos, impaciências e birras, a criança apenas tenta chamar a atenção da pior forma, mas é a forma que sabe. Para além de tudo isto, e que é o mais importante, é bom não perder de vista os timings e perceber que está nas nossas mãos fazer o tempo correr a nosso favor.

Sou pai há apenas 6 anos e ainda me confronto (se é que algum dia vou deixar de me confrontar…) com as dúvidas diárias sobre o que fará a diferença para que o meu Lontrinho, hoje criança, se torne um Bom adolescente e depois um Bom adulto.

O que deveria fazer com ele, o que lhe deveria ensinar para que se torne equilibrado e feliz?
Quais os valores e os exemplos de vida a dar-lhe de forma a utilizar bem o tempo que tenho com ele?

Posso e utilizo muito do que recebi dos meus pais, mas o mundo está diferente, evoluiu, para melhor e para pior, logo, também os temas e os métodos terão que ser diferentes.

Já falei por aqui que alguém disse, “o pior que se pode fazer a uma criança é não lhe dar amor, a segunda coisa pior é não lhe dar disciplina”.
Sendo assim, e porque, obviamente lhe dou muito amor, preocupe-me em saber utilizar bem a palavra NÃO, e que ele a entenda.

Também me preocupo em ensinar-lhe as regras, regras que delimitam o seu espaço, “moldura” do quadro, campo de liberdade dentro do qual ele pode ser um filho livre, criativo e até mágico, onde deve ser elogiado e incentivado nos seus pontos fortes mais do que criticado, ganhando a carapaça de auto-confiança e auto-estima.
Dentro desse espaço, quero que ele acredite que vai atingir o que quer, brevemente definirá Objectivos para a vida e aprenderá a criar as estratégias para lá chegar.
Saberá que os seus Objectivos dependem dos seus Valores e do seu Propósito de vida, será ele a defini-los.

Tento desde já desafia-lo, dar-lhe a iniciativa, fazê-lo tomar decisões, mesmo quando sei que o caminho escolhido não o leva à saída do labirinto, mas pode sempre voltar atrás e escolher um caminho novo.
Ensiná-lo que a responsabilidade das escolhas desses caminhos e das suas consequências será sempre dele.

Agora, com 6 anos, outras aventuras estão a aparecer e outros desafios tenho à minha frente.

Penso muito como o devo ensinar a pensar.
Já aqui escrevi que quando ele me faz as famosas perguntas dos miúdos da idade dele, afectos, sexo, dinheiro…, sempre lhe devolvo a pergunta, “o que achas, qual é a tua opinião?”, sim, é mais cómodo para mim, mas também me dá, tal GPS, o “seu ponto de conhecimento”, tantas vezes a resposta dele à sua pergunta está próxima da resposta que eu lhe daria, aí, dou-lhe um pouco mais de conhecimento, fica a saber um pouco mais, por outro lado, se a resposta dele ainda está no campo “das cegonhas de Paris” ou de outras fantasias, alimento a fantasia, sem tanta imaginação como a dele confesso, mas um dia, a resposta “séria” será dada, por mim ou por ele mesmo.

Devo ensinar-lhe,
O que é o dinheiro?
Para que serve?
Como aparece?
E, especialmente, fazê-lo sentir que é um bem LIMITADO, muito limitado.
Dar-lhe trabalho e recompensa-lo.

Agora, começa a surpreender-me com o que conhece do mundo, do meio social e físico onde vive, começa a ganhar a noção de respeito pelo meio e pelos outros.
O que é que ele pode fazer no campo da dádiva, da contribuição social ? Aqui, confesso que está à minha frente em alguns temas, a reciclagem do lixo é uma delas.

E porque mente limpa só em corpo limpo, ensiná-lo a conservar e formar um corpo com qualidade, a alimentação, a actividade física, a mente sã.
Ensino-o a jogar COM alguém e esforçar-se e dar tudo para derrotar esse alguém no jogo, mas também lhe explico que deve evitar jogar CONTRA alguém.

E porque acredito que deixar aos filhos dinheiro ou valores imobiliários NÃO é uma grande ajuda para FORMAR uma pessoa Boa, parece que não tenho tempo a perder e tenho mesmo que pensar nestes assuntos, de uma forma responsável, mas também com muita alegria, felicidade e agradecimento pelo facto de ter o filho que tenho.

E porque me apeteceu escrever o que escrevi, aqui está o post de hoje.

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quinta-feira, 18 de março de 2010

IMPOSSIVEL...? ... LOL...LOL... ( 3 )

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Depois de ter lançado momentos inspiradores Aqui e Aqui, hoje dou-vos imagens bem inspiradoras dos Jogos Paralimpicos de Inverno.
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Ain't got no home, ain't got no shoes
Ain't got no money, ain't got no class
Ain't got no skirts, ain't got no sweater
Ain't got no perfume, ain't got no beer
Ain't got no man

Ain't got no mother, ain't got no culture
Ain't got no friends, ain't got no schooling
Ain't got no love, ain't got no name
Ain't got no ticket, ain't got no token
Ain't got no God

What about God?
Why am I alive anyway?
Yeah, what about God?
Nobody can take away

I got my hair, I got my head
I got my brains, I got my ears
I got my eyes, I got my nose
I got my mouth, I got my smile
I got my tongue, I got my chin
I got my neck, I got my boobs

I got my heart, I got my soul
I got my back, I got my sex
I got my arms, I got my hands
I got my fingers, Got my legs
I got my feet, I got my toes
I got my liver, Got my blood

I've got life , I've got my freedom
I've got the life

And I'm gonna keep it
I've got the life
And nobody's gonna take it away
I've got the life

A canção está mesmo aí ao lado, a tocar . . .

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sábado, 13 de março de 2010

QUESTÃO DE EFICIÊNCIA . . .

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Eu, gritando do quarto do Lucas para a sala, onde a mámi Lontra falava alto ao telefone:

Eu – Lontra, fala baixo, estou a adormecer o Lontrinho!
Lucas – Pápi, tu não fales assim à minha mãe, tás a ouvir?
Eu – Luca, eu ….. :(

Lucas – Pápi, devias ir lá, dizias com carinho que me querias adormecer e pedias à mámi para falar mais baixo. Era mais EFICIENTE…!!!
Eu – Hãããã………… gluc…gluc… :s
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:)

sexta-feira, 12 de março de 2010

O MEU AMIGO TOZÉ . . .

Amigo, disponível, altruísta, dá e nunca pensa em receber e tem um coração do tamanho do mundo.

Este É o meu amigo Tozé!

O Tozé morreu hoje.
Fica com esta musica e..., até mais tarde Tozé!

segunda-feira, 1 de março de 2010

FINALMENTE POSSO FALAR . . .

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- Exmo. Sr. Fulano pode esclarecer o wfrtgsvbny ?

- Antes de mais quero afirmar a grande honra que é ter a possibilidade de vir aqui, ao parlamento da nação, à casa da democracia, local único onde podemos falar com toda a liberdade e esclarecer o povo português. Fico muito satisfeito por finalmente me fazerem essa pergunta, não foi justo especularem nos jornais sem me perguntarem pessoalmente sobre o assunto. Quero deixar claro que aproveito assim esta fantástica oportunidade que os senhores deputados me dão para dizer de forma clara, inequívoca e definitiva que não tenho nenhum comentário a fazer sobre esse assunto. É um assunto privado, assunto intimo que só diz respeito a amigos e está como sabem, em segredo de justiça. Sobre o tema têm que ler nos jornais e revistas, rádio, tv e cassete pirata, eu não posso nem quero falar do assunto … !


Finalmente fiquei esclarecido, finalmente deixaram os homens esclarecer tudo, FINALMENTE!
Assim sim, já posso confiar na justiça.
Uffff.....


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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A LOUCURA. UM ENIGMA . . .

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Mas afinal o que vem a ser a loucura? Um enigma...
Por isso mesmo é que, às pessoas enigmáticas, incompreensíveis, se dá o nome de loucos...
Que a loucura, no fundo, é como tantas outras, uma questão de maioria.
A vida é uma convenção: isto é vermelho, aquilo é branco, unicamente porque se determinou chamar à cor disto vermelho e à cor daquilo branco.
A maior parte dos homens adoptou um sistema determinado de convenções: É a gente de juízo...
Pelo contrário, um número reduzido de indivíduos vê os objectos com outros olhos, chama-lhes outros nomes, pensa de maneira diferente, encara a vida de modo diverso. Como estão em minoria, são doidos...
Se um dia porém a sorte favorecesse os loucos, se o seu número fosse o superior e o género da sua loucura idêntico, eles é que passariam a ser os ajuizados.
Na terra dos cegos quem tem um olho é rei, diz o adágio: na terra dos doidos, quem tem juízo, é doido, concluo eu.
É um secreto pensamento que mo afirma.
Enganaram-se vocês e os médicos com isso a que chamaram loucura.
O vosso espírito é demasiadamente acanhado para compreender tudo quanto não seja o comum... o vulgar...(...)
O filho, quando nasce, martiriza, tortura a mãe... mata-a muitas vezes, e não ri ao chegar ao mundo, não ri, chora e grita. (...)

Mário de Sá Carneiro


Um pensamento atravessou-me agora o espírito: Serei um louco?...
Talvez... é possível...sou um louco, um louco.
Que me importa?
Quero saber! Quero saber!