domingo, 28 de fevereiro de 2010

NU, DOMINGO . . .

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foto;claire

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

HOJE ACORDEI COM . . .

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Hoje acordei com vontade de ti
Queria saciar a minha sede na tua fonte de mel
E espalhar no meu corpo o calor das tuas carícias

Hoje acordei com vontade de te ter ao meu lado
Num sono leve de criança enroscado no meu corpo
Num abraço apertado unindo o nosso peito

Hoje acordei com vontade do momento
Que se tornou eterno sem tempo para acabar
E nos entregarmos ali num beijo apaixonado

Hoje acordei com vontade de fechar os olhos
Para sentir o teu olhar no meu sorriso de paz
Alargando o meu prazer à vontade de todas as manhãs

Hoje acordei com vontade de te amar
Nessa insanidade possuir teu corpo e amar-te de verdade
Apaziguar o fogo do desejo que me cobre e me invade

Hoje acordei com vontade de ter o que não posso ter
Só a tua ausência vem para me responder
Demência estranha dos meus sonhos sensuais que em mim jazem tão reais.


Autora: Maria Escritos
Blog: Escritos e poesia

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A LOUCURA. UM ENIGMA . . .

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Mas afinal o que vem a ser a loucura? Um enigma...
Por isso mesmo é que, às pessoas enigmáticas, incompreensíveis, se dá o nome de loucos...
Que a loucura, no fundo, é como tantas outras, uma questão de maioria.
A vida é uma convenção: isto é vermelho, aquilo é branco, unicamente porque se determinou chamar à cor disto vermelho e à cor daquilo branco.
A maior parte dos homens adoptou um sistema determinado de convenções: É a gente de juízo...
Pelo contrário, um número reduzido de indivíduos vê os objectos com outros olhos, chama-lhes outros nomes, pensa de maneira diferente, encara a vida de modo diverso. Como estão em minoria, são doidos...
Se um dia porém a sorte favorecesse os loucos, se o seu número fosse o superior e o género da sua loucura idêntico, eles é que passariam a ser os ajuizados.
Na terra dos cegos quem tem um olho é rei, diz o adágio: na terra dos doidos, quem tem juízo, é doido, concluo eu.
É um secreto pensamento que mo afirma.
Enganaram-se vocês e os médicos com isso a que chamaram loucura.
O vosso espírito é demasiadamente acanhado para compreender tudo quanto não seja o comum... o vulgar...(...)
O filho, quando nasce, martiriza, tortura a mãe... mata-a muitas vezes, e não ri ao chegar ao mundo, não ri, chora e grita. (...)

Mário de Sá Carneiro


Um pensamento atravessou-me agora o espírito: Serei um louco?...
Talvez... é possível...sou um louco, um louco.
Que me importa?
Quero saber! Quero saber!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ROTINAS





HÁ, À SEGUNDA FEIRA . . .

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

NU, DOMINGO . . .

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fotos: bepa e bocian

sábado, 20 de fevereiro de 2010

GET LOST . . .

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fotos: paulo

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O MAR NOS OLHOS . . .

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Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes

Há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os Homens...
Há mulheres que são maré em noites de tardes
e calma

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Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CONTINUO A PENSAR ALTO . . .

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(Depois de pensar alto, AQUI. )
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Era uma vez um pescador que levou peixe fresco a um restaurante de praia onde estava um europeu.
O europeu perguntou-lhe se ele voltava para o mar a pescar mais. Respondeu que não. Como ainda era cedo, o europeu tentou explicar-lhe a lógica de mais peixe pescado, mais poderia vender, mais poderia investir, e poderia comprar um barco maior, poderia dar trabalho a mais pescadores, poderia abastecer o país todo, etc, etc, etc.
O pescador perguntou, mas porque razão havia ele de se estafar a pescar?
O outro respondeu-lhe que assim poderia mais tarde ter uma bela vida, bom dinheiro e poderia ir para um paraíso tropical e dormir umas sestas na rede na sombra da bananeira.
A resposta do pescador foi: mas é exactamente isso que eu vou fazer AGORA, não mais tarde quando for velho.

Para algumas pessoas, acontece serem felizes quando atingem os seus objectivos, quando têm o que querem.
Serei feliz quando tiver dinheiro ou quando tiver um companheiro ou quando a minha mãe parar de me chatear….
E o que acontece entretanto, fica-se infeliz?
E enquanto não obtemos sucesso o que somos, fracassados?

Consideremos ainda que é um mito aceitar como certo que vamos ser felizes depois de obtermos o que desejamos. Será que quem quer ser rico fica feliz só porque atingiu o “ser rico”, será que quem se apaixona e finalmente tem um companheiro/a ficará feliz para todo o sempre?
Pois não, a prática diz-nos que obter o que desejamos não é um bilhete para a felicidade. A questão é, o que nos faz escolher estarmos felizes?
Aqui vai uma dica, “Seja o que for que consigamos fazer com a infelicidade, conseguiremos fazer melhor enquanto estivermos felizes”, certo?

Está aqui em causa a velha discussão de só se ser feliz quando se tem o que se quer ou ser-se feliz por se estar a fazer o que é necessário para se ter o que se quer.
Parece confuso?

Vejamos, quando estamos infelizes queremos estar felizes, quando estamos felizes podemos querer o que nos apetecer.

Apollinaire disse: “De vez em quando, é bom fazer uma pausa na nossa busca da felicidade e simplesmente sermos felizes”.

HÁ, À SEGUNDA FEIRA . . .

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