fotos : l. lemus, e. peres, sossetia, efe, reuters
La pace che sgorga dal cuore
e a volte diventa sangue,
il tuo amore
che a volte mi tocca
e poi diventa tragedia
la morte qui sulle mie spalle,
come un bambino pieno di fame
che chiede luce e cammina.
Far camminare un bimbo è cosa semplice,
tremendo è portare gli uomini
verso la pace,
essi accontentano la morte
per ogni dove,
come fosse una bocca da sfamare.
Ma tu maestro che ascolti
i palpiti di tanti soldati,
sai che le bocche della morte
sono di cartapesta,
più sinuosi dei dolci
le labbra intoccabili
della donna che t'ama.
La pace, de
ALDA MERINI
e a volte diventa sangue,
il tuo amore
che a volte mi tocca
e poi diventa tragedia
la morte qui sulle mie spalle,
come un bambino pieno di fame
che chiede luce e cammina.
Far camminare un bimbo è cosa semplice,
tremendo è portare gli uomini
verso la pace,
essi accontentano la morte
per ogni dove,
come fosse una bocca da sfamare.
Ma tu maestro che ascolti
i palpiti di tanti soldati,
sai che le bocche della morte
sono di cartapesta,
più sinuosi dei dolci
le labbra intoccabili
della donna che t'ama.
La pace, de
ALDA MERINI
As primeiras duas fotos são um murro no estômago, ambas ganharam prémios no WPP deste ano.
Na primeira coloco-me na pele daquelas crianças, ali paradas a ver de perto a morte, tristes talvez, mas impressiona-me a aparente passividade e aceitação daquelas caras infantis.
Na segunda foto entra-me pelos olhos dentro a aparente indiferença e alheamento das personagens "figurantes" no teatro da morte diária e, presumo "banal", nas favelas do Brasil.
Como gostava de acreditar que seria possível acabar com os interesses sociais e económicos que permitem e financiam estes dramas.
Gostava de acreditar, mas de facto não acredito.
12 comentários:
O que mais me impressiona? Para além da passividade e indiferença, o sorriso de uma das jovens enquanto um corpo jaz no solo.
Valemos assim tão pouco?
o que significa DESCULPA?
Já estivemos pior... por isso continuo a achar que podemos melhorar ainda mais...
E, de facto, as descupas não se pedem... :)
Kisses
Palavras leva-as o vento...acções ficam connosco!
Paulo
Triste é pensar que seja banal!
Acho que todos os dias faço interiormente duas coisas, canto de qualquer foirma cá dentro O Gracias à La Vida, peço desculpa, peço desculpa por alguma coisa, porque me doi, tanto como o tal murro no estomago...
beijos
É o soco na alma, diria eu!
Sinto sempre o mesmo horror e dor que senti a ver o filme (em exibição) "O rapaz do pijama às riscas"... dizerem que os campos de concentração e os gaseamentos não aconteceram!
E que ISTO não continua a acontecer!!! Todos os dias em todos os lugares!
É este aceitar como banal que me tira do sério! Mas a recusa em VER, VER MESMO é que me deixa com a vista turva, de raiva.
NI,
Sim, é forte essa foto, não há um único indivíduo nela que pareça estar incomodado com o facto de estarem perante uma vítima. Poderemos extrapolar essa atitude para uma grande parte dos elementos da sociedade dos nossos dias? Receio bem que sim!
vício,
diz-me tu...!
Iani,
Como já tenho dito, denunciar, mexer nas consciências, é já fazer algo.
najla,
Ter um papel positivo na sociedade é fazer muito e está de facto nas nossas mãos.
Mas, das duas uma, ou há poucos a serem positivos ou há poucas mãos…
Sei que no teu trabalho tens uma função social activa mas, quantos fazem um esforço para dedicar um tempo a essa mesma sociedade?
Ana,
É triste é, mas não deixa de ser a realidade.
leitanita,
Enquanto existirem seres que banalizem estas situações, eu continuarei a colocar aqui fotografias e continuarei a dar murros no estômago e na alma.
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