segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

NADA MAIS SEI . . .

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"Há muito tempo atrás numa aldeia distante, um camponês tinha um cavalo muito raro e bonito. O cavalo era cobiçado por toda gente e até imperadores lhe ofereciam pequenas fortunas para ficar com ele. O homem recusava sempre pois era muito apegado ao cavalo.
Ora, um dia, quando o camponês acordou e foi ao estábulo, viu que o cavalo não estava lá, tinha sido roubado.
Desde logo as pessoas da aldeia lhe disseram, "Vês, não quiseste vendê-lo e agora ficaste sem ele... podias estar rico", e o homem sempre respondia "Para já o que sei é que não tenho o cavalo, o resto não sei... não sei se é bom ou mau não o ter".
Quinze dias mais tarde, o cavalo voltou ao estábulo e a segui-lo estavam 10 cavalos selvagens de raça pura e valor inestimável. Logo se juntou a aldeia a dizer "Afinal tinhas razão, o cavalo voltou com mais 10!! Vais com certeza ficar rico! Que sorte!" e o homem sempre respondeu "Sei apenas que o cavalo voltou com outros, não sei se é bom ou mau!".
Quinze dias mais tarde, o filho do camponês, enquanto domava um dos cavalos, deu uma queda grave e fracturou a perna. Na altura os cuidados médicos eram reduzidos e era certo que o rapaz iria ficar com aquela lesão para a vida. De novo a aldeia disse "Foi uma maldição aqueles 10 cavalos! Agora o teu filho vai ficar marcado para a vida! Que azar que tiveste..." e o homem respondeu "Apenas sei que o meu filho está com a perna partida, neste momento não sei mais nada..."
Quinze dias depois, homens do rei vieram levar todos os jovens da aldeia para combater na guerra e a aldeia ficou sem os seus bravos, com excepção do filho do camponês que não podia servir. A aldeia chorava dizendo "Os nossos filhos foram levados! E vão com certeza morrer pois o inimigo é muito mais forte! Ao menos tu camponês tens sorte pois o teu filho ficou e poderá cuidar de ti na tua velhice... o que vai ser de nós?" de novo respondeu o homem "Apenas sei que o meu filho está comigo e que os vossos foram... neste momento nada mais sei..."
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OSHO
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7 comentários:

João Roque disse...

Ou seja, o que tem que ser, tem muita força...digam lá o que disserem.

Rui disse...

Retiro daqui:

Nunca se devem dar como absolutas as “desgraças”, nem as “fortunas” .
Tudo é passageiro. O decorrer do tempo o mostrará.

Grande lição para todos aqueles que vivem numa constante angústia com as suas situações actuais. Nada que o tempo não resolva.

Quantas vezes acontece que, por ex., a perda de um emprego poderá constituir uma grande oportunidade para novos caminhos ?
Quantas vezes, uma outra qualquer perda, abre portas para novas situações, ainda melhores ?...
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catwoman disse...

Temos que estar sempre preparados, para o "que der e vier",não nos devemos angustiar ou fazer planos com demasiada antecipação, nem tudo é o que parece! Há que saber aceitar, sem angústias e sem desesperos :) Parecem muitas frases feitas, mas traduzem também elas, tal como a tua história, uma sabedoria muito particular.
Bjs.

leitanita disse...

Viver o AGORA!
Não estamos a viver o passado, esse já foi!
Nem o futuro, esse ainda será!

Maria disse...

Uma história bonita para dizer que um dia de cada vez não chega...é preciso o "agora" com tranquilidade :)

beijinho

Sara disse...

Bem, mas que exemplo de bom para quem acredita que tudo ou quase tudo acontece por uma razão(como eu)...embora tb tenho que dar alguma razão à minha fiel e poderosa amiga Almofariza quando me diz:.."por vezes temos que dar um empurão ao destino..."mas sei que no fundo as coisas não acontecem só por acaso...devemos dar valor aquilo que temos, lutar pelos nossos objectivos, reconhecer as nossas limitações e não colocar patamares de felicidade muito altos para a queda não ser tão dolorosa! Enfim cada um com a sua filosofia de vida...
kisskiss

FATifer disse...

Apenas sei que gosto do que partilhas connosco, o resto vou aprendendo contigo… ;)

Abraço,
FATifer