segunda-feira, 16 de novembro de 2009

HÁ, À SEGUNDA FEIRA . . . SEM HOMOFOBIAS !

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Sabem que, hoje, em 18 países do mundo, ser homossexual é igual a pena de morte ?

Imaginam a quantidade de países onde ser homossexual é um crime que leva à prisão ou a multas ?

Talvez um dia as paradas, tão contestadas, deixem de ser necessárias até lá, há ainda muito a ser denunciado.

Ricardo Araújo Pereira, entre outros, foi um dos galardoados com o Prémio Arco-íris, que ontem foi atribuído numa cerimónia que reuniu algumas das personalidades que no último ano contribuíram para a luta contra a discriminação com base na orientação sexual.

O Prémio Arco Íris foi instituído em 2003 e desde então "tem-se tornado cada vez mais difícil escolher os galardoados", disse à Lusa o presidente da Associação Ilga Portugal, Paulo Corte-Real.

De acordo com aquele responsável, "há cada vez mais pessoas das mais diferentes áreas que são eventuais candidatos, porque há uma crescente preocupação com esta temática. O facto de existir uma grande diversidade de bons exemplos a surgir em todas as áreas torna a escolha cada vez mais difícil".

Pois, aqui no Lontrices a homofobia não entra (tal como o racismo e todas as outras formas de exclusão), gostava muito que não fosse necessário fazer este post, infelizmente ainda é !


Adenda à entrada:

Vou tentar resumir as ideias que tenho sobre estas acções de intervenção.
Não está escrito no post (infelizmente está objectivos do prémio) que se luta CONTRA alguma coisa.

“Vamos lutar CONTRA as discriminações” ou “Vamos lutar PELA igualdade”, a diferença não está na sintaxe, está na dialéctica, ao lutarmos CONTRA a discriminação sexual ou de cor ou religião, estamos, sem o querermos, a alimenta-las, ao lutarmos pela positiva, pela igualdade, pela não separação, pelo não distinguir, embora se aceite que as desigualdades existem, a luta é PELA positiva, algo tem um fim positivo, estamos focados em algo bom e com um bom final.

As lutas devem ser POR alguma coisa e não CONTRA alguma coisa.

Este ponto de vista final, positivo, dá-nos uma activação reticular focada na finalidade que queremos atingir e não no lado que queremos destruir.

A fome, um dia, poderá acabar se se lutar pela produção alimentar, pela educação e contribuição dos países ricos aos pobres.
Não acaba enquanto se luta contra a fome, não há nenhum objectivo real nesta luta.

As guerras, um dia, poderão acabar se se lutar pela paz, pela compreensão, cooperação, respeito e aceitação das diferenças entre os povos.
Não acaba enquanto se fizerem lutas contra a guerra e tantas vezes contra o poder militar do outro lado mostrando em contraponto o meu poder, “a minha guerra é maior do que a tua”…


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14 comentários:

cantinhodacasa disse...

Olá.
No intervalo para o almoço, vim "ver-te" e deparo com estas fantásticas e belas fotos, livres de preconceitos teus e deles, os homens das fotos.
Com ou sem homofobia, escolheste fotos que me deixaram sem respiração. Adorei. Muito sensuais.
Ai, ai, ai.
Despertas o desejo.
Beijinho

Rita da Maçaroca disse...

Infelizmente, cada vez mais vejo a mente das pessoas a fechar-se para aquilo que sempre existiu e só agora se fala. E é por esses atitudes homófobas que muitos adolescentes se suicidam por nao serem aceites, muitas vezes até pelos proprios pais.
Precisamos todos de mudar... E muito!

Gostei das fotos. Estao qualquer de extraordinario :D

Beijinho

Miss Complicações disse...

O prémio da ILGA não é mais do que um sinal que vivemos numa sociedade de gente pequeninaaaaaa.
Não faz sentido atribuir este tipo de prémios! Porquê destacar algo que é normal?
Também encaro com normalidade alguém cuja orientação politica e religiosa é diferente da predominante na nossa sociedade... e vá dai?

Ohhhh gentinhaaaa ;)
Boas fotos Lontro mas... ficou umas fotos com meninas. Shame on you! ;)

Ianita disse...

Homofobia vai havendo, graças aos deuses, cada vez menos. Ainda bem. As pessoas não gostam, mas toleram... aceitam...

Mas... noutra perspectiva completamente diferente... vejo os homens com muitos mais problemas que as mulheres. Quando se fala em ménage à trois, a larga maioria dos homens baba. É fetiche. Desde que com duas mulheres. Se se fala da opção dois homens e uma mulher, descartam. Não querem. Mesmo que isso não implique contacto entre os dois homens... mas o ter outro homem, despido, no mesmo local, intimida... vai ao encontro de preconceitos recalcados.

Quando, no meu grupo de amigos, falamos deste tipo de temática é sempre este o tipo de reacção... as mulheres, mesmo descartando a possibilidade, não reagem mal, não se sentem enojadas com a possibilidade, como os homens. Homens que têm amigos gays e que não dizem piadas homofóbicas. Que não olham de lado a um beijo dado na rua... mas que ficam enojados com a ideia da ménage com dois homens... embora delirem com a ideia de uma ménage com duas mulheres...

Recalcamentos.

Um dia... talvez já não sejam necessários prémios destes. Eu gostava. Isso e as taxas de mulheres no Parlamento...

Isabel Rodrigues disse...

Muito boas fotos, e muito boa a mensagem que passaste. A homofobia, infelizmente, não acaba por causa de uns prémios que se vão distribuindo a umas quantas figuras, mas ajuda a abrir algumas mentes. O próximo passo é o casamento homossexual que, na minha perspectiva, vai fazer muito mais que umas quantas paradas ou cerimónias.

Ana disse...

Ena, ena eheheh. Bem, confesso que aprecio os rapazes um pouco menos musculados e, de preferência, que não estejam assim agarradinhos a outro (porque significa que não dão para este lado...aiiii, se o meu jove me apanha mata-me loool...). E aqui está, esta é a minha preferência. Não gostaria nada de poder ser condenada à morte por isso...

Pax disse...

Eu sei que o assunto é sério, mas tenho uma dúvida:
- Lamentar pela concorrência (que no caso dos exemplares destas imagens até dói!) com o mais que visível prejuizo para as mulheres daí resultante pode ser considerado homofobia?

NI disse...

O preconceito, seja ele de que tipo for, é proporcional à estupidez humana.

E mais não digo!!!

Beijo

Paulo Lontro disse...

Vou tentar resumir as ideias que tenho sobre estas acções de intervenção.

Não está escrito no post (infelizmente está nos objectivos do prémio) que se luta CONTRA alguma coisa.

“Vamos lutar CONTRA as discriminações” ou “Vamos lutar PELA igualdade”, a diferença destas duas afirmações não está na sintaxe, está na dialéctica. Ao lutarmos CONTRA a discriminação sexual ou de cor de pele ou religião, estamos, sem o querermos, a alimenta-las, ao lutarmos pela positiva, pela igualdade, pela não separação, pelo não distinguir, embora se aceite que as desigualdades existem, a luta é PELA positiva, algo tem um fim positivo, estamos focados em algo bom e com um bom final.

As lutas devem ser POR alguma coisa e não CONTRA alguma coisa.

Este ponto de vista final, positivo, dá-nos uma activação reticular focada na finalidade que queremos atingir e não no lado que queremos destruir.

A fome, um dia, poderá acabar se se lutar pela produção alimentar, pela educação e contribuição dos países ricos aos pobres.
Não acaba enquanto se luta contra a fome, não há nenhum objectivo real nesta luta.

As guerras, um dia, poderão acabar se se lutar pela paz, pela compreensão, cooperação, respeito e aceitação das diferenças entre os povos.
Não acaba enquanto se fizerem lutas contra a guerra e tantas vezes contra o poder militar do outro lado mostrando em contraponto o meu poder, “a minha guerra é maior do que a tua”…

Ana Camarra disse...

Paulo

Pois é amigo, infelizmente ainda é preciso, como noutras coisas: direitos das mulheres, das crianças, direitos humanos e tanta coisa que neste seculo XXI já devia estar arrumada, ainda não está.

Por fim os moços são bonitos e as coisas bonitas são-o sempre, consigo olhar para fotos intimas de duas mulheres e avaliar a sua beleza, acho natural que também o faças, considero.te sensivél e inteligente, não esperava outra coisa.

Beijo

cantinhodacasa disse...

Paulo, com palavra POR definiste tudo.
Gostei do que li.
Beijinho

Vício disse...

gostei da tua adenda!

Miss Kin disse...

É pena as mentalidades serem tão difíceis de mudar...

João Roque disse...

Cheguei ao Lontrices após a publicação deste post e não o tinha visto; mas vale mais tarde que nunca...
É excelente, não só pela qualidade das fotos, mas principalmente pela excelência do texto.
Parabéns, Paulo!
Abraço.